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O câncer de próstata é considerado o segundo tipo da doença mais incidente entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, de acordo com o levantamento doInstituto Nacional do Câncer (INCA). A estimativa do Instituto denota mais de 65 mil brasileiros diagnosticados em 2020.
Mas assim como a maioria dos tipos de câncer, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura da doença aumentam consideravelmente.
De toda maneira, após o diagnóstico do câncer de próstata, é fundamental obter clareza sobre a melhor forma de tratamento e compreender, junto ao médico especialista, quando a cirurgia oncológica é necessária.
A próstata está localizada na parte baixa do abdômen, e está presente apenas no organismo masculino. É um órgão pequeno que está presente à frente ao reto, na parte final do intestino grosso.
Envolve a porção inicial da uretra, local pelo qual a urina é armazenada e eliminada. Além disso, a próstata é responsável por produzir parte do sêmen, líquido liberado durante o ato sexual, o qual carrega os espermatozoides.
O aparecimento de um tumor na próstata pode acontecer de forma rápida e ser seguido por metástases, embora a maioria dos casos apareça de maneira extremamente lenta, crescendo cerca de 1 cm³ por 15 anos decorridos.
Ou seja, esse é um tipo de câncer de surgimento silencioso, e em seu estágio inicial pode ser totalmente assintomático. Por isso, é preciso reforçar a importância de manter uma rotina de exames regulares para o diagnóstico do câncer de próstata, e identificar o problema ainda no início.
A dosagem de PSA é um exame que avalia a quantidade do antígeno prostático específico e pode auxiliar no diagnóstico da doença. Além disso, o exame de toque retal, que permite ao médico palpar a próstata e verificar se há nódulos ou tecidos endurecidos é de extrema importância para o rastreamento de alterações na próstata.
No entanto, esses exames não apresentam garantia de precisão. Por isso, frequentemente podem ser indicados outros exames para obter a certeza do quadro, como por exemplo a tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea.
De qualquer maneira, é importante lembrar que esses testes devem ser realizados em conjunto e, dependendo do resultado, a biópsia será o único meio de confirmar a doença.
Embora seja quase sempre assintomático em sua fase inicial, quando o câncer de próstata apresenta sintomas, estes podem se manifestar por:
Além disso, outros sintomas podem vir acompanhados da incidência da doença de forma metastática, como:
Dessa forma, identificada a presença de algum desses sintomas,busque um médico imediatamente e investigue o caso. Procure sempre tirar todas as dúvidas sobre a doença, principalmente no que diz respeito ao tratamento.
Para o câncer de próstata, a cirurgia é considerada a melhor alternativa de tratamento. O procedimento consiste em retirar a próstata, sendo que a escolha da operação pode ser feita pela forma convencional ou mesmo por videolaparoscopia e cirurgia robótica.
Obviamente, a escolha para a realização do procedimento vai depender da conversa com o especialista sobre a melhor abordagem, embora, ultimamente, as opções por via robótica e videolaparoscópica sejam as mais indicadas, por sua precisão e menor impacto ao organismo do paciente.
Além disso, as alternativas mais modernas para a cirurgia oncológica da próstata contam com uma recuperação mais rápida e um pós-operatório mais confortável.
A radioterapia também é uma opção para o tratamento inicial da doença, principalmente no caso de pacientes que estão impossibilitados de fazer a cirurgia oncológica, seja por problemas clínicos ou outras questões de saúde.
É fundamental orientar, ainda, que para casos leves e de pouca agressividade, é possível apenas acompanhar o quadro com maior frequência e uso de medicamentos.
De toda maneira, essa é uma decisão séria que deve ser definida a partir de um diálogo com o urologista, o oncologista e o cirurgião oncológico para os melhores resultados a serem obtidos. Após o diagnóstico, o especialista deverá indicar uma série de exames decisivos para definir caminho a ser seguido no tratamento da doença.
É importante orientar que, independente da opção cirúrgica no tratamento para câncer de próstata, o procedimento consiste em retirar a próstata e as vesículas seminais e, dependendo do caso, juntamente será feita a retirada de gânglios linfáticos localizados na pelve.
Caso o procedimento seja feito por videolaparoscopia, serão realizadas micro incisões de 2 a 4 centímetros no abdômen (região próxima ao umbigo),onde pequenas pinças são inseridas para a retirada da próstata.
No caso da via robótica para a cirurgia, a única mudança em relação a videolaparoscopia está para a maior estabilidade e precisão das pinças robóticas, que são movidas por braços mecânicos, que tendem a preservar as estruturas próximas à próstata, trazendo uma melhora mais rápida da dor, da continência urinária e da função erétil. Por se enquadrarem em técnicas minimamente invasivas, as cicatrizes são imperceptíveis, cerca de 1 a 2 centímetros.
Para a sedação do paciente no momento da cirurgia, indica-se a anestesia geral, na maioria dos casos. É fundamental manter a tranquilidade e confiar no seu médico cirurgião oncológico, pois essa é uma cirurgia relativamente simples, quando realizada por um profissional experiente e certificado pelos órgãos reguladores da profissão.
De toda forma, é importante seguir todo o aconselhamento médico de pré e pós-operatório, para que os resultados sejam os melhores possíveis.
Para sanar todas as suas dúvidas, entre em contato com um profissional cirurgião oncológico credenciado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) em sua localidade.
